CONVERSÃO - CONDIÇÃO PARA O NATAL


Para que possamos celebrar o Natal de uma maneira autêntica e válida, não podemos apenas lembrar o fato histórico com presépios e encenações e celebrá-lo na Liturgia e, muito menos, entrar na onda do mero consumismo com presentes, enfeites e ceias. O cerne está na conversão e consequente mudança da realidade. O Cristo que celebramos em sua Encarnação e Nascimento, veio trazer a justiça e instaurar uma nova ordem...

Se o sistema ainda dominante, em sua "dinâmica perversa" continua produzindo miséria e reproduzindo a injustiça, o que fazer para provar a nossa conversão? Conversão tanto dos corações quanto das estruturas, pois como nos ensinou o Papa Paulo VI, " o pecado nasce no coração humano e se cristaliza nas estruturas que, por sua vez, pervertem corações." Precisamos romper com esta ideologia e prática materialistas, partilhar o que temos agindo politicamente para a transformação das estruturas injustas, opressoras e excludentes da sociedade; promover a ordem justa, de inclusão social, dignidade e vida para todos.

A Liturgia deste Segundo Domingo do Advento dá ênfase à conversão. Apresenta-nos João Batista pregando a necessidade de mudança de vida. Conversão não é algo subjetivo, exige mudança de comportamento, ações concretas, frutos que provem a disposição interior. Você topa?

Em meio às turbulências e confusões ideológicas, fazemos uma oração, juntamente com São Paulo na Segunda Leitura : "Isto eu peço a Deus: que o vosso amor cresça sempre mais, em todo o conhecimento e experiência, para discernirdes o que é melhor." ( Fl 1, 9-10).

Caríssimos leitor e leitora, provando por atos a nossa conversão, o Natal estará acontecendo na história e a celebração será autêntica.

Por Laudelino Augusto - Presidente do CNLB

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