O INSTITUTO SÃO JOSÉ É HOMENAGEADO COM A COMENDA EUCLIDES PINTO MARTINS

O Instituto São José, dirigido pelas Congregação das Irmãs Missionárias Capuchinhas, recebeu na noite de segunda-feira (27), a mais importante homenagem do município de Camocim/CE, a Comenda Euclides Pinto Martins. A solenidade ocorreu no Galpão de Eventos da Prefeitura de Camocim, com a presença do Prefeito de Camocim, Chico Vaulino, de Secretários Municipais e demais convidados.

A Diretora do Instituto São José, Irmã Dulcinda de Jesus, recebeu a comenda em nome de todos que, junto com ela, possibilitaram os 60 anos de existência da instituição, comemorados no último mês de março de 2010. Atualmente, o colégio conta com 460 alunos, nos turnos da manhã e tarde, da Educação Infantil ao 9ª Ano. Também receberam a comenda Euclides Pinto Martins, a Médica Sônia Cahu Beltrão (Ex-Secretária de Saúde de Camocim) e o Juiz de Direito, Fernando Luiz Pinheiro Barros, que esteve à frente da 1ª vara da Comarca de Camocim, de 1998 a 2009. Atualmente ele é titular da 7ª vara cível da comarca de Fortaleza. A homenagem fez parte das festividades pelos 131 anos de Camocim, comemorado oficialmente em 29 de Setembro.

PARÓQUIA DE CAMOCIM SE PREPARA PARA O REPASSE DA XXIX ASSEMBLEIA GERAL DO CNLB

No dia 30 de junho do corrente ano acontecerá na paróquia do Senhor Bom Jesus dos Navegantes, em Camocim/CE, uma reunião extraordinária ampliada do Conselho Paroquial de Pastoral para o repasse da XXIX Assembleia Geral Ordinária do CNLB que aconteceu em Curitiba/PR, de 03 a 06 de junho, sobre o tema: "A crise civilizacional e os leigos e leigas do CNLB". Para esse momento estão sendo convidadas todas as lideranças de movimentos e pastorais da paróquia, bem como representantes de outros segmentos sociais, para juntos ratificarmos a importância significativa do laicato na ação evangelizadora da Igreja.

É missão dos leigos e leigas viver o Evangelho, servindo as pessoas e a sociedade, promovendo a dignidade da pessoa humana, venerando e defendendo o inviolável direito à vida, transformando a família no primeiro espaço de engajamento social, sendo a caridade, alma e sustentáculo da solidariedade, sendo destinatários e protagonistas da política, pondo o homem no centro da vida econômica e social, evangelizando as diferentes culturas numa perspectiva profética.

César Augusto Rocha - Coordenador do CNLB - Diocese de Tianguá

REFLEXÃO DO EVANGELHO DOMINICAL - Lc 9, 51-62 - 13º DOMINGO DO TEMPO COMUM - ANO C

OS SAMARITANOS - Os samaritanos moravam numa região montanhosa no entorno da cidade de SAMARIA, na região central da Palestina, entre a Judeia e a Galileia. A cidade de Samaria foi fundada pelos próprios israelitas, mas ela se tornou um centro de discórdia desde que foi tomada pelos assírios em 722 a.C. O motivo do desacerto partiu dessa intervenção empreendida pelo conquistador: 30.000 israelitas, ou seja, 20 % dos que moravam na região, foram deportados de lá em troca de outro tanto de colonos assírios. Isso foi suficiente para mesclar o povo samaritano que conhecemos: um povo discriminado e desprezado pelos judeus. Os judeus não se comunicavam com os samaritanos, chamavam-nos "odiosos invasores semi-pagãos". Os samaritanos, por sua vez, incomodavam os peregrinos que subiam a Jerusalém(...)

Mas, sucitamente, quais eram as divergências entre judeus e samaritanos?

- Embora a maior parte dos samaritanos praticasse o monoteísmo, parte deles adoravam seus deuses de origem.

- Os samaritanos aceitavam os cinco primeiros livros da Bíblia, mas não aceitavam o Talmud (o livro dos costumes e tradições judaicas).

- Os samaritanos rejeitavam a importância religiosa de Jerusalém e tinham seu próprio templo em Garizim e depois em Siquém. Famosa foi uma retaliação samaritana ao desprezo judeu. Eles jogaram um saco de ossos humanos no recinto do templo de Jerusalém. O acinte não podia ser maior.

Ainda hoje, habita lá um grupo de samaritanos, que constitui a seita mais antiga e menor do mundo.

OS MENSAGEIROS "ENTRARAM NUM POVOADO DE SAMARITANOS, PARA PREPARAR HOSPEDAGEM PARA JESUS"

Como dissemos acima, os samaritanos, em relação ao desprezo permanente que sofriam dos judeus, incomodavam os peregrinos que iam para Jerusalém. Eles tinham seu próprio templo em Garizim. Tiago e João devem ter recebido uma má acolhida por parte daquele povo, pois saíram desejando um tratamento a ferro e fogo para eles.

"SENHOR, QUERES QUE MANDEMOS DESCER FOGO DO CÉU PARA DESTRUÍ-LOS?"

- Os discípulos de Jesus, mesmo aqueles mais íntimos, como Tiago e João, acreditavam que o seu Jesus era um Messias-rei, que tratava seus inimigos a ferro e fogo, como os reis daqueles tempos. Jesus acena para eles com a imagem de um messias mais humano, o Messias Filho do Homem. O Jesus deles, na realidade, é um homem que não tem residência fixa e que não tem nem um lugar certo para dormir, uma situação pouco abaixo dos pássaros e das raposas. Essa miragem de um Jesus coroado de ouro permaneceu sempre na cabeça dos discípulos. Eles devem ter se decepcionado quando o viram coroado de espinhos, vestido num manto real emprestado, aos pés de Pilatos; tanto que Jesus só viu ao pé da cruz a figura de João. Mas o sofrimento e a renúncia que Jesus aponta não é o ponto final de uma vida. É o caminho para a exaltação, para a glória, para a ressurreição. Essa via-sacra de desapego e privações que os seus discípulos têm que enfrentar no seu roteiro de vida Jesus vai mostrando em sua marcha para Jerusalém, isso, sim, é mais importante que as simples questiúnculas entre samaritanos e judeus, mais importante que o "saudosismo" familiar, do que o apego aos parentes. O cumprimento desse roteiro deve ser realizado com mais atenção do que deve ter aquele que pega o arado e fica a olhar para trás sem o medo das pedras que pode encontrar na frente.

- E NÓS, QUE CAMINHO PRETENDEMOS SEGUIR?

...um caminho que nos leva direto aos píncaros da glória, a uma vida folgada conquistada com dinheiro...ou a um prêmio muito maior, que virá depois de uma vida de renúncia?

FRANCISCO VALMIR ROCHA

CNBB CELEBRA 25 ANOS DO ASSASSINATO DE PE. EZEQUIEL RAMIN E IRMÃ CLEUSA

O Conselho Permanente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) fez memória hoje dos 25 anos da morte do padre Ezequiel Ramim e da irmã Cleusa Carolina Rody Coelho. Ambos foram assassinados em 1985 por causa de sua atuação em defesa dos indígenas. O Conselho lembrou também os assassinatos da irmã Dorothy Stang (cinco anos) e padre Gisley Azevedo (um ano), que foi assessor do Setor Juventude da CNBB.

O presidente da CNBB, dom Geraldo Lyrio Rocha, presidiu a missa e disse que o assassinato dos religiosos os faz participantes da páscoa de Jesus. O nome de cada um deles foi lembrado no início da missa com um breve relato de sua vida e a causa de seu assassinato(...)


Missionário comboniano, nascido em Pádua, na Itália, em 1953, padre Ezequiel Ramim chegou ao Brasil em 1º de setembro de 1983 e passou a residir em Cacoal (RO), diocese de Ji-Paraná. Ele foi assassinado no dia 24 de julho de 1985, vítima de uma emboscada.

“Em minha volta, as pessoas morrem, a malária cresceu assustadoramente, os latifundiários aumentam, os pobres são humilhados, os policiais matam lavradores, as reservas indígenas são invadidas. Com dificuldade os meus olhos conseguem ler a história de Deus por aqui”, escreveu padre Ezequiel pouco antes de ser assassinado.

Irmã Cleusa Carolina Rody Coelho, nascida em 1933, era capixada de Cachoeiro do Itapemirim. Foi assassinada em 28 de abril de 1985 no rio Passiá, em Lábrea, Amazonas. O assassino foi um índio apuriná, a quem havia ajudado poucos meses antes. Irmã Cleusa era missionária Agostina Ricoleta. Em maio de 1991 foi dada a entrada no processo pedindo sua beatificação.

A religiosa americana, irmã Dorothy Stang, foi assassinada no dia 5 de fevereiro de 2005, em Anapu, no Pará,e o padre Gisley no dia 15 de junho de 2009. (Leia aqui poema sobre irmã Dorothy e artigo sobre padre Gisley)

Homilia

Em sua homilia, dom Geraldo lembrou Cristo oferece seu perdão como purificação da “lepra do pecado”. “A cura do leproso nos leva a pensar na purificação que Cristo realiza em nós quando nos liberta da terrível lepra do pecado que é sempre uma ofensa a Deus, ruptura de comunhão com o Pai e com sua família que é a Igreja”, disse dom Geraldo.

O Conselho Permanente da CNBB está reunido em Brasília desde quarta-feira, 23. A reunião termina na tarde de hoje.

FONTE: CNBB